terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Steven Spielberg mostra o 16º Presidente do Estados Unidos em tom mais "Herói-Solidário"

Impressionante longa tem Daniel Day-Lewis como Abraham Lincoln

                                                               Guilherme de Moraes Corrêa
                     
     "Lincoln" já é de imaginar que trata-se da história do 16º Presidente dos Estados Unidos, que apresenta momentos de loucura, que ele era problemático e o lutador pela 13ª Emenda pela Abolição da Escravidão nos Estados Unidos.
    Certo isso é o básico que o mundo conhece. Nessa trama, mostra tudo isso de uma forma mais "realista", "solidária", "fria" dos últimos 4 meses de vida de Abraham Lincoln (Daniel Day-Lewis), não é como todo mundo acha que é, "Lincoln" não é tão heroico no sentido literal da palavra, para ser chamado disso, ele precisou passar por dores muito profundas, solidárias e tristes da vida.
   O fato é ter de lutar muito na posição de Presidente, ao mesmo tempo tinha de viver poucos momentos com a forte solidão da sua esposa Mary Todd Lincoln (Sally Field) pela morte do seu filho Willie na guerra e os lamentos de dores de cabeça e pesadelos com tantas pessoas mortas na guerra. Angustiante é a luta pela 13ª Emenda pelo fim da escravidão, que é a única saída para acabar com a Guerra de Secessão como ficou conhecida.

       E suas dores não acabam por aí, tem de pedir a dura ajuda no Partido Republicano, principalmente do Congressista Thaddeus Stevens (Tommy Lee Jones), a compreensão de seu filho "teimoso" (mais velho), Robert Todd Lincoln (Joseph Gordon-Levitt) que não está muito satisfeito com o andamento da guerra, quer muito se alistar, mas sua mãe Mary e seu pai Abraham não querem ver ele sendo morto e sofrerem com mais um filho morto na guerra.
       O telespectador vai se sentir dentro do filme, o filme tem passagens onde Lincoln é um Presidente muito sábio nas palavras e histórias que contava em momentos difíceis que contava para os seus ideais, para acalmar e aliviar o desespero para o fim da guerra e a aprovação oficial pela 13ª Emenda da Abolição da Escravidão, é uma luta sem fim pela liberdade dos negros, lidando com o obscuro mundo do preconceito, no auge do desespero, o nosso 16ª Presidente mostra-nos como foi doloroso ser um herói bastante solidário com seu estado de "velhice".

     Vale lembrar que esse novo drama-presidencial tem duas vertentes para o resultado final, pode parecer feliz e pode parecer triste, entre o alívio e a dor não tem como surpreender-se o passo-a-passo dos últimos 4 meses de vida de Abraham, já é previsível que ele chega a ser baleado no Teatro junto com Mary Todd Lincoln e seu filho mais novo Tad Lincoln (Gulliver MacGrath), o sofrimento é grande e doloroso demais para se lembrar de tudo da vida dele até o final inesperado que teve. Um filme obrigatório à todos historiadores e amadores do que foi a Presidente Lincoln.
                             
   
    Mergulhe no obscuro, frio, triste últimos meses de vida em um ponto de vista diferente que estão acostumados ler em biografias, tanto é que esse filme é inspirado numa obra literária de nome: "Team Of Rivals: The Genius of Abraham Lincoln" de Doris Kearns Goodwin que também é um surpreendente relato histórico-biográfico de Lincoln.

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