sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Revirando o Baú: Matéria Especial - Irreversível (2002)

Drama aponta tema: sujo, angustiante e polêmico
Gaspar Noé apresenta seu novo irreversível trabalho que vai deixar qualquer um sem reação

                                                              Guilherme de Moraes Corrêa

   A construção cinematográfica é de extrema excelência, de uma maneira diferente, nesse longa o grande jogo de filmagem é contado de trás para frente, ou seja, o filme começa nos créditos finais, além disso, ele é reverso, é a imagem do espelho, em alguns momentos é incompreensível a jogada, parece a visão atormentada de alguém com sintomas de labirintite.
   O foco desse contexto, é a história de três personagens: Alex (Mônica Bellucci), seu namorado Marcus (Vincent Cassel) e seu ex-namorado Pierre (Albert Dupontel), lembrando que começa no fim, começa com desespero de Marcus e Pierre prestando depoimento para a polícia sobre o estupro e espancamento que Alex sofreu. O problema é que cria uma pertubação, incompreensão, confusão, medo, sensações de falta de ar no telespectador, além de tudo isso, ou ele vai prender para descobrir os eventos anteriores, como isso chegou a esse ponto, que é o começo do filme.
 O silêncio, a trilha sonora, a tensão, o problemas começam quando entra a violência de forma extremamente real e assustadora, quando Marcus e Pierre então dentro de um bar gay e acontece um espancamento sem cortes com um extintor de incêndio, acreditamos que a intenção é que o homem é capaz de tudo quando ele está no auge de irá incontrolável.
 É ainda mais nojento durante 11 minutos ver a personagem Alex sendo violentada e espancada sexualmente, um relato nada prazeroso de descrever para quem tomar a decisão de querer experimentar algo que nunca mais vai sair da mente de quem estiver por dentro do "Irreversível". Já aviso, quem é menor de 18 anos, não queira ver, tem de ter idade suficiente para entender tudo que se passa nesse drama-terror sobre o que pode acontecer com qualquer um, aonde quer que seja, é impossível saber a hora, lugar e situação esteja pode dar tudo errado.
OPA....desculpa que ficou chocado com isso...difícil mesmo é acompanhar isso durante 11 minutos!! :o
    A realidade é chocante, ainda mais quando se trata de um filme francês dramático, pois esse Irreversível é o desencantamento do romantismo-francês que estão acostumados ver nos cinemas do mundo de hoje. Pode até querer passar por esse caminho experimental desse longa cinematográfico, mas saiba Gaspar Noé deixa bem claro no final-começo e começo-final que o "Tempo Destrói Tudo" por dentro de "Irreversível".
  Quem aqui estiver com vontade, ou melhor, coragem, uma dica, quem tiver uma mente forte e um estômago forte vai conseguir chegar ao começo do filme, posso dizer que fiquei perplexo com tudo, fui até o começo, dizer que o telespectador tem vontade de ver mais de uma vez, ele tem que ser muito corajoso e forte, não senti nenhuma vontade de ver novamente, porque ele acaba mexendo com a vida psicológica de cada um. Portanto desejo: MUITO BOA SORTE E SOBREVIVA, SE FOR CORAJOSO(A) E FORTE.
   Irreversível (Irréversible, France, 2002)
Gênero: Drama
Duração: 97 minutos
Produtoras: 120 Films, Eskwad, Grandpierre, Les Cinémas de la Zone, Nord-Ouest Productions, Rossignon, Studio Canal.
Distribuição no Brasil: Europa Filmes.
Diretor e roteirista: Gaspar Noé
Elenco: Monica Bellucci, Vincent Cassel, Albert Dupontel
Seleção oficial Cannes 2002, ganhador do Cavalo de Bronze no Festival de Estocolmo

Esse filme foi indicado pela minha amiga, Monica Gonçalez, pois gostaria de agradecer pela dica perturbadora desse filme MALUCO.                         

Um comentário:

  1. Ontem no aniversário de uma amiga (que estudou cinema comigo) estávamos discutindo esse filme, o quanto ele não é bom visualmente, mas em contrapartida, o quanto ele é bom em contar a sua história.
    A Lina, professora que passou o filme em aula, agora passa ele de trás para frente. Dizem que faz com que o filme perca metade da sua essência, chegando a ser um filme comum, algo bem diferente do que ele realmente é.
    Depois de ler esse post, tenho vontade de te indicar vários filmes. rs Adorei como você escreveu. ^^
    Beijos,
    Mônica.

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