sexta-feira, 15 de março de 2019

RESENHA CRÍTICA: A Mula (The Mule)



A Mula

                                      Por Camila Bernardi


            O filme dirigido por Clint Eastwood, conta a história de Earl Stone, um homem de oitenta anos, amante de paisagismo, aparentemente normal. Devido ao crescimento das vendas de internet, perde sua tão amada propriedade, e é obrigado a sair em busca de novas maneiras de se manter.


       Durante todo o decorrer do filme podemos notar, que Earl é um homem dividido, com sua família é distante e sempre ausente, isso fica evidente logo no começo da trama, porém com seus amigos é uma pessoa completamente presente e confiável. Earl durante toda a trama entra em conflito com sua filha e ex esposa, por nunca estar presente em momentos de extrema importância e isso parece que até então não o afeta.



  Clint Eastwood tem uma narrativa simples e utiliza artifícios bem comuns em suas historias como o patriotismo, e o preconceito oculto que os americanos ainda tem com latinos e negros. Temos aqui um personagem que o tempo todo tem boas intenções, mas sempre acaba fazendo as escolhas erradas.



 As escolhas erradas que Earl toma durante a sua vida, ficam mais evidentes quando percebe o tempo que perdeu apenas correndo pela recompensa financeira e material, e deixou de estar ao lado de sua família. O que se torna para ele um grande momento de mudança.



 A Mula é um filme muito reflexivo, nos faz imaginar o quanto de nossas vidas estamos valorizando apenas as recompensas materias, e deixando de lado aquilo que realmente importa, e que nenhum dinheiro no mundo pode trazer de volta, o nosso tempo com quem amamos.

RESENHA CRÍTICA: Querido Menino (Beautiful Boy)



Só o amor não é suficiente

                                                 Por Sevla Fernandes


   Querido Menino ou Beautifil Boy conta a história de David Sheff (Steve Carell) e seu filho Nick Sheff (Timothée Chalamet).
O filme mostra a visão de ambos em relação ao vício de drogas. E é de extrema importância estar atento aos detalhes por conta de ir alternando as visões de pai e filho em relação as drogas.



   Nick é um bom rapaz, sempre foi, desde a infância. Cresceu com o amor e proteção de seu pai juntamente com sua segunda esposa Karen, que deu a Nick outros dois irmãos.


   Prestes a iniciar a faculdade Nick começa a experimentar algumas drogas, metanfetamina é a sua preferida, mas na ausência ele também faz uso de heroína. mesmo no clima. Ele quer sair disso, mas ele não pode: ele se arrepende, pede ajuda, ele se desintoxica e tem recaída. Mas David nunca abre mão de tentar ajudá-lo.



   É uma história verídica e traz uma mensagem básica: às vezes, só o amor não é suficiente.



OUÇA TAMBÉM A ÓTIMA TRILHA SONORA DO FILME:



Genre: Soundtrack
Date: 2018
Country: USA
Audio codec: MP3
Quality: 320 kbs
Playtime: 1:17:04


Thanks to MightyMad

1. SAMPHA – Treasure (4:40)
2. Mogwai – Helicon 1 (5:58)
3. Massive Attack,Tracey Thorn – Protection (feat. Tracey Thorn) (7:53)
4. Nirvana – Territorial Pissings (2:25)
5. David Bowie – Sound and Vision (2017 Remastered Version) (3:04)
6. Tim Buckley – Song to the Siren (Take 7) (3:28)
7. Sigur Rós – Svefn-g-englar (10:07)
8. Amon Tobin – Bridge (5:57)
9. Pan Sonic – Haiti (6:30)
10. John Lennon – Beautiful Boy (Darling Boy) (2010 Remastered) (4:02)
11. Zola Jesus,Johnny Jewel – Wiseblood (Johnny Jewel Remix) (4:35)
12. Aphex Twin – Nanou 2 (3:25)
13. Pavlov’s Dog – Of Once and Future Kings (5:32)
14. Dawn Upshaw,London Sinfonietta,David Zinman – Symphony No. 3, Op. 36: II. Lento e Largo – Tranquillissimo (9:28)

LINK PARA BAIXAR A TRILHA SONORA:


quarta-feira, 13 de fevereiro de 2019

Resenha crítica: ALITA - ANJO DE COMBATE


O ANJO MODERNO DE JAMES CAMERON E ROBERT RODRIGUEZ

                                       Por Érik Rodrigues



  Sob o comando do diretor mais intrigante de alguns anos pra cá, Robert Rodriguez (que já caminhou em terras fantasiosas comandando PEQUENOS ESPIÕES 1, 2 e 3 e o sombrio – e violento – SIN CITY ) temos agora ALITA – ANJO DE COMBATE. Eu imagino que você deve estar se questionando por dentro como um diretor consegue ter visão para um filme tão infantil e outro tão adulto, e que agora em Alita, ele caminha num tom mais neutro com pitadas de violência que tornou sua marca registrada, e acredite: deu certo!
  Além disso, temos como produtor e roteirista Jon Landau e JAMES CAMARON (de Avatar e Titanic), que é percebível o tom de aventura e realismo que é sua grande marca quando se trata de contar historias.  Tendo estes grandes nomes na produção, é inevitável dizer que sim, é uma obra que chama atenção.


   ALITA – ANJO DE COMBATE é uma adaptação baseada na série de mangás "Gunnm", escrito e ilustrado por Yukito Kishiro que foi lançado entre 1990 e 1995 e é mais uma vez o cinema moderno tentando trazer grandes obras para o cinema no estilo ´´das paginas para a tela gigante’’, e se tem algo que concordo é que para a experiência ser incrível precisa de fato ser vista na maior tela possível de cinema que você consiga ir, pois o mundo criado por James Cameron é impressionante, onde há momentos em que o realismo toma conta  dos seus olhos e você jura que tudo é real.


  A historia parte de um futuro distante cyberpunk com elementos apocalípticos, ambientado no ano de 2563 onde o médico Dyson Ido (interpretado pelo incrível Christoph Waltz) encontra um ciborgue quase destruído no ferro velho na Cidade de Ferro – um local empobrecido e lotado de cidadãos que querem de todo jeito subir para a sociedade de Zalem, a única cidade voadora remanescente após A Queda. Logo após o medico Ido levar o ciborgue para sua casa, ele o concerta, tendo assim o ´´nascimento’’ de algo que de inicio chama atenção pela qualidade técnica usada, mas que aos poucos vamos nos apegando e torcendo pela personagem. Sim, o nome dela é ALITA.



Pode se dizer que o inicio do filme até a metade são os melhores momentos da projeção, pois vai levando o telespectador de forma simples, nos aproximando de Alita, fazendo com que mesmo ela sendo um ciborgue, percebemos de forma clara o que ela sente, vive e descobre. Em meio a inúmeros personagens a historia vai perdendo a sua força, e deixando uma longa duração que pode deixar os apressados desanimados, pois o roteiro vai dando diversas voltas em meio a situações que já foram vividas, e dando a sensação de repetição de cenas, deixando o clímax final do filme bem abaixo do esperado.


  Com um pouco mais de 2 horas de duração, acredito que a trama seria mais leve e gostosa de acompanhar se alguns elementos não tivessem entrado para o filme, deixando até para serem questionadas ou resolvidas para as continuações (o que já existem planos para mais filmes). 
   ALITA – ANJO DE COMBATE é mais um filme diversão para curtir e se impressionar com efeitos visuais de primeira qualidade que vão deixar os telespectadores de boca aberta se  questionando por um bom tempo o que é computação gráfica e o que não é no decorrer do filme e claro, deixar todos encantado por Alita, a nossa protagonista  que mesmo sendo um ciborgue rouba a nossa atenção e o nosso coração quando se esta em tela, e se no final de tudo ainda fica aquela ponta de curiosidade para os desafios que vem pela frente, é graças a ela, que é interpretada de maneira brilhante por Rosa Salazar – de Maze Runner: A Cura Mortal).